top of page
lemablog

🤯Confuso: Fingir que é Arquitectura a Arquitectura que deveras sente!🤯 Confused: To pretend that it is Architecture the Architecture he really feels!


Numa primeira aula de arquitetura, aprendendo a forrar estiradores com “papel de cenário“ amarelado, seguindo toda uma técnica complexa, que implicava esponja, água, paciência e perícia. Seguiam-se os ensinamentos de mestres, pela experiência, conhecimento, nalguns casos admiração.

Essa geração de arquitetos, formou-se no pressuposto de que um trabalho sério (e de vez em quando, genial), era a base de uma vida de arquiteto respeitado. As encomendas, seriam uma luta, como sempre teriam sido, entre acasos, sorte, contactos, insistências e sobretudo resiliência. Mas a questão a colocar seria se se teria O Grande Projeto que faria descolar uma carreira, não se colocava a questão do nosso reconhecimento pela sociedade.

Ao longo do caminho desses então aprendizes, aparece a ‘internet’, o telemóvel, o desenho assistido por computador…. Vão desaparecendo os mestres que ensinaram a forrar os estiradores; o tempo de discussão à volta do projeto – ou na mesa da tasca, ou do café – foi encolhendo, a velocidade e a exigência aumentando.  No torvelinho das mudanças e acelerações foi-se perdendo o sentido inicial do Projeto, do processo de amadurecimento e sedimentação. Não há tempo, é para ontem: afinal é só clicar no botão do computador e os desenhos estão prontos, não é?

Para sobreviver há que se adaptar, metamorfoses múltiplas e consecutivas, resiliência total.

E a Arquitectura? Na qual esses aprendizes de estirador acreditaram, para a qual se formaram. Uma miragem, um desejo de aplicar os ensinamentos, a experiência que, entretanto, adquiriram. Usando os interstícios esquecidos pelas pressas, inventando interstícios. Fingir que é  arquitectura a arquitectura que deveras sente!

Quão distante é a realidade do início à do presente. Mas a Arquitectura quer-se perene.

O duelo entre o tempo longo de maturação e a urgência do resultado.

*

Confused: To pretend that it is Architecture the Architecture he really feels.

In a first architecture class, learning how to line drawing boards with yellow "scenery paper", following a complex technique that involved sponges, water, patience and skill. Following the teachings of masters, through experience, knowledge and, in some cases, admiration.

This generation of architects was formed on the assumption that serious (and occasionally brilliant) work was the basis of a life as a respected Architect. Commissions would be a struggle, as they always were, between chance, luck, contacts, insistence and, above all, resilience. But the question to ask was whether we had The Big Project that would launch a career, not whether we would be recognised by society.

Along the path of these then apprentices came the internet, mobile phones and computer-aided design.....

The masters who taught them how to line the drawing boards disappeared.

the time for discussion around the project - either at the tavern table or in the café - shrank, the speed and demands increased.

In the whirlwind of changes and accelerations, the initial sense of the project, of the process of maturing and sedimentation, was lost. There's no time, it's for yesterday: after all, just click the button on the computer and the drawings are ready, right?

To survive, you must adapt, undergo multiple and consecutive metamorphoses, total resilience.

What about Architecture? That's what these apprentice architects believed in, that's what they trained for.

A mirage, a desire to apply the teachings and experience they have acquired in the meantime. Using the interstices forgotten in the rush, inventing interstices. Pretend that the architecture you really feel is architecture!

How distant the reality of the beginning is from that of the present. But Architecture is meant to be perennial.

The duel between the long maturation time and the urgency of the result.







370 visualizações1 comentário

Posts recentes

Ver tudo

1 Comment


Cristina castelo branco
Cristina castelo branco
Apr 09

😶

Like
bottom of page