top of page
  • lemablog

Perfect Days

public toilets - an ode to Architecture * casas de banho públicas – uma ode à Arquitectura



arquitecto Shigeru Ban,  Haru-no-Ogawa Community Park *  5-68-1 Yoyogi,

Photo by Satoshi Nagarehttps://tokyotoilet.jp/en/haruno_ogawa/




public toilets - an ode to architecture

A small architectural object can contain within itself all the poetry, beauty, and constructive quality. Architecture of the banal doesn't have to be banal architecture.

What do architects do? "They make houses, they make big buildings, they make monuments" ... (Architecture, initially seen as a sophisticated form of art, is often limited by a narrow vision, mainly influenced by the few heritage references taught at school. This very accurate analysis, in the research led by Guy Tapie in 2018, on the "Architectural Culture of the French" could refer to any other country and society, as it demonstrates the distance that separates the practice of architecture from how it is "seen" by non-architects)

"Architecture isn't accessible, it's for the elite"...FALSE: it's for everyone! It adds quality, beauty, poetry to the banal, the ordinary, it amplifies self-esteem; of the user, it promotes quality of life, it adds the Good, the exceptional to the banal day-to-day.

The architect can, in any project, however small and "uninteresting", create poetry, imprint quality, improve the use of spaces by any citizen.

We are all impacted by beautiful, well-proportioned spaces. Most people feel spaces without reflecting on them. And that's not a problem in itself, it's Architecture working, fulfilling its mission in society!

Architecture doesn't need to be validated by its peers to fulfil its mission.

Validation will be (would be) the recognition that, in fact, an architectural project is fundamental to achieving multiple qualities that bring well-being to users (with all that this implies, and which briefly corresponds to a practice resulting from a specific know-how of Architects).

Perfect Days is an ode and a demonstration that Poetry and Beauty can be found in any building programme, in this case, public toilets!

Who would have thought that public toilets could be the subject of reflection, the protagonist of a feature film!

This film could be a banner for architects: Yes, architects even design public toilets, yes, they are not just a practical programme resulting from technocracies and regulations. Architecture is dependent (as Jeremy Till says), an architect puts his knowledge into practice, creates a work, as a result of an (ever-increasing) set of constraints and obligations (regulatory, economic, technical, temporal).

But Architecture is precisely the ability, in this tangled and potentially emasculating web, to allow the Architect to make use of all his Know How and sensitivity to create something that goes beyond simply listing the rules and predefinitions of a specific commission.

There are so many ways to approach this film by Wim Wenders ...

Here, we "only" refer to the demonstration that Architecture can and should be present at all scales, in any programme.

And in this demonstration, we must thank all those who brought it to light through a magnificent film:

Wim Wenders

Koji Yakusho

The Nippon Foundation's

The Tokyo Toilet Project

All the architects involved in creating these public toilets.

 

**

 

casas de banho públicas – uma ode à Arquitectura


Um pequeno objeto arquitetónico pode conter em si toda a poesia, beleza, qualidade construtiva. Arquitectura do banal, não tem de ser arquitectura banal.


para que serve um arquitecto?

O que fazem os arquitetos? “Fazem casas, fazem edifícios grandes, fazem monumentos” ... (A arquitetura, inicialmente vista como uma forma sofisticada de arte, muitas vezes é limitada por uma visão restrita, influenciada principalmente pelas poucas referências patrimoniais ensinadas na escola. Esta análise certíssima, na investigação dirigida por Guy Tapie em 2018, relativa à “Cultura Arquitectonica dos Franceses” poderia referir-se a qualquer outro país e sociedade, pois demonstra a distancia que separa a pràtica da Arquitectura de, como ela é “vista” pelos não arquitetos)


“A arquitetura não está acessível, é de elite”…FALSO: é para Todos! Ela acrescenta qualidade, beleza, poesia ao banal, ao corrente, amplifica a auto-estima de si; do utilizador, promove a qualidade de vida, acrescenta o Bom, o excecional no dia a dia banal.

O Arquitecto pode, em qualquer projeto, por mais pequeno e “desinteressante “, criar poesia, imprimir qualidade, melhorar a utilização dos espaços por qualquer cidadão.

Todos somos impactados pelos espaços belos, bem proporcionados. A maior parte das pessoas sente os espaços sem neles refletir. E isso não é, em si problema, é a arquitetura a funcionar, a cumprir a sua Missão na sociedade!

 A arquitectura não precisa de ser validada pelos pares para cumprir a sua missão.

A validação será (seria) o reconhecimento de que, de facto, um projeto de arquitetura é fundamental para se atingir múltiplas qualidades que trazem bem-estar aos utilizadores. (com tudo o que isso implica e que sucintamente corresponde a uma prática resultante de um know how específico dos Arquitectos).

Perfect Days, é uma ode e uma demonstração de que a Poesia, a Beleza podem estar em qualquer programa de edifício; no caso, casas de banho públicas!

Quem poderia dizer que Casas de Banho Públicas poderiam ser objeto de reflexão, protagonistas de uma longa-metragem?!

Podia este filme ser uma bandeira dos Arquitectos: Sim, os arquitetos até fazem projetos de casas de banho públicas, sim, não são apenas um programa prático, resultante de tecnocracias e regulamentações. A Arquitetura é dependente (como diz Jeremy Till), um arquiteto põe em prática os seus conhecimentos, cria uma obra, em resultado de um conjunto (cada vez maior) de constrangimentos e obrigações (regulamentares, económicas, técnicas, temporais).

Mas a Arquitectura é precisamente a capacidade de, nesse novelo enredado e potencialmente castrador, permitir que o Arquitecto faça uso de todo o seu Know How e sensibilidade para criar algo que ultrapassa o simples elencar de regras e predefinições de uma encomenda concreta.

Tantas entradas pelas quais se poderia abordar este filme de Wim Wenders …

Aqui, “apenas” referimos a demonstração de que a Arquitetura pode e deve estar presente a todas as escalas, em qualquer programa.

E nessa demonstração , há que agradecer a quem a trouxe à luz, através de um magnifico filme :

Wim Wenders

Koji Yakusho

The Nippon Foundation’s

The Tokyo Toilet Project

Todos os arquitetos envolvidos na criação destas casas de banho públicas


21 visualizações1 comentário
bottom of page