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WHO DO YOU WANNA CALL… OS ARQUITECTOS FAZEM CASAS! (parteI)



25 De Abril – 50 Anos de Democracia em Portugal - Desenho original por Ping’Amor @https://www.instagram.com/ping_amor/


25 DE ABRIL – 50 ANOS DE DEMOCRACIA EM PORTUGAL

In 1973, Portugal was experiencing a housing crisis and a shortage of architects in the country, which justified the decision to open the profession to other professionals.

In 2024, we celebrate the 50th anniversary of the Carnation Revolution, 50 years of democracy.

It won't be the same, but there is still a housing crisis in Portugal.

"Architects make houses", in 1974, it was understood that they did, although there were few of them for the country's needs. The SAAL (Serviço de Apoio Ambulatório Local) programme showed that architects do indeed "make houses" and have solutions! 

An architect like the Secretary of State for Housing and Urbanism - Nuno Portas - and so many architects all over the country bringing solutions on a case-by-case basis, using all their knowledge, dedication, and attention to the Other, managing, together, to turn a moment of crisis into a moment of Cultural and Disciplinary Revolution.

Everything would be different from then on. There were so many opportunities to explore in the following decades, so many thousands of architects trained at schools in Portugal, and I had the privilege of hearing first-hand accounts of that seminal moment, when architects, though few for so much need, brought solutions that would change/improve the lives of thousands of people and open new perspectives for architecture, for Portugal.

The number of architects in the country increased exponentially over the following decades as the scarcity of the 1970s changed to abundance.

Despite countless vicissitudes in the profession's legal framework, advances, and setbacks in the recognition of the profession's own acts, from Decree-Law 73/73 to the recognition of the public interest of the profession and its own acts, proposed by European Directive, Architecture continues to hold the key to solving countless society's problems.

If, in 1973, the shortage of architects created a real need for other professionals, after five decades the situation is reversed, with a "surplus" in terms of the number of architects, even though - unbelievably - the non-exclusivity of the professional practice of architecture by architects persists.

We've reached 2024, celebrated the Carnation Revolution, celebrated democracy...

We have a (new) housing crisis. A lot has changed, there are enough architects to meet the need.

As in 1974, they have the knowledge, dedication, and ability to provide solutions to the crisis and many of the country's problems; unlike in 1974, they are not called upon to participate.

"Architects make houses", but they are not now called upon to make them...

ARCHITECTS MAKE HOUSES!




WHO DO YOU WANNA CALL… OS ARQUITECTOS FAZEM CASAS! (parteI)

25 DE ABRIL – 50 ANOS DE DEMOCRACIA EM PORTUGAL

 

Em 1973, Portugal vivia uma crise de habitação e a escassez de arquitetos no país, o que justificou a decisão de abrir os atos próprios de profissão a outros profissionais.

Em 2024, comemoramos os 50 anos da Revolução dos Cravos, 50 anos de democracia.

Não será a mesma, mas uma (ainda) crise de habitação existe em Portugal. “Os arquitetos fazem casas”, em 1974, era entendido que sim, apesar de serem poucos para as necessidades no país. O programa SAAL (Serviço de Apoio Ambulatório Local) veio, de outra forma mostrar que de facto os “Arquitetos fazem casas” e Têm Soluções!  

Um Arquitecto como Secretário de Estado da Habitação e Urbanismo– Nuno Portas – e tantos arquitectos, por todo o país a trazerem soluções caso a caso, a usarem todo o seu conhecimento, dedicação e atenção ao Outro, conseguindo, juntos, fazer de um momento de crise um momento de Revolução Cultural e Disciplinar.

Tudo seria diferente daí em diante. Tantas hipóteses a explorar nas décadas seguintes, tantos milhares de arquitetos formados nas escolas de Portugal, tendo o privilégio de ouvir na primeira pessoa os relatos desse momento seminal, em que os Arquitetos sendo poucos para tanta necessidade, trouxeram soluções que iriam mudar/ melhorar a vida de milhares de pessoas e abrir novas perspetivas para a Arquitectura, para Portugal.

A quantidade de arquitetos no país aumentou exponencialmente ao longo das décadas seguintes a escassez dos anos 1970 alterou-se para abundância.

Apesar de inúmeras vicissitudes no enquadramento legal da profissão, avanços e recuos no reconhecimento dos atos próprios da profissão, desde o Decreto-Lei 73/73 até ao reconhecimento de interesse público da profissão e dos seus atos próprios, proposto por Diretiva Europeia, a Arquitetura continua a ter a chave para resolução de inúmeros problemas da sociedade.

Se, em 1974, a escassez do número de arquitetos criava uma necessidade concreta de recurso a outros profissionais, ao fim de 5 décadas a situação é inversa, com um “excedente”, no que se refere ao número de arquitetos, ainda que persista – inacreditavelmente - a não exclusividade da prática profissional da arquitetura pelos arquitetos.


Chegamos a 2024, celebramos a Revolução dos Cravos, celebramos a democracia…

Temos uma (nova) crise de habitação. Muito mudou, os arquitetos são em número suficiente para a necessidade.

Tal como em 1974, os Arquitectos têm em si o conhecimento, dedicação e capacidade de trazer soluções à crise e a muitos problemas do país; diferentemente de 1974, não são chamados a participar.

“Os arquitetos fazem casas”, mas não são agora chamados para as fazer…

OS ARQUITECTOS FAZEM CASAS!

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